Essa é uma das perguntas que faço frequentemente nas empresas e o número médio que encontro como resposta não passa 06. Já é um número para não se desprezar, pois na verdade muitas vezes basta um bom concorrente para colocar água fria em nossos negócios, certo?
Evidentemente não estou falando de soluções "efetivamente inovadoras", estas que chegam para "mudar as coisas do jeito que elas são feitas hoje" ou para "atender a uma necessidade não atendida no mercado". Essas, são uma verdadeira benção e por um tempo a concorrência será pouco representativa. A mensagem deste post não é para essas empresas, mas para as que já estão no mercado a pelo menos 3 anos, ou seja, para a grande maioria delas. Estas possuem "dezenas" ou "centenas" de concorrentes e muitas delas não se dão conta disso.
Inundação anual de concorrentes
O segmento de tecnologia que envolve serviços, softwares e hardware especializado por ser próspero, tem atraído a atenção dos investidores inundando o mercado a cada ano de novas empresas. E "inundando" é o termo correto, pois vários segmentos de software e serviço possuem baixa barreira de entrada (evidencio capital inicial),permitindo que novos players surjam a cada ano.
Concorrentes de perfis diferentes competem entre si
Uma coisa interessante que acontece em alguns tipos de solução é que a concorrência vem de todos os lados, ou seja, é pequeno competindo com médio, é médio competindo com grande e vice-versa e isso muitas vezes passa desapercebido por alguns profissionais que não admitem que a concorrência possa vir de empresas que aparentemente não teriam condições de competir com a sua, mas não é isso que a prática tem nos mostrado.
A inovação não perdoa o segmento e fortalece os novos players
Para ajudar a aumentar a temperatura da concorrência, muitas vezes os novos players entram com bastante força, pois sua proposta de valor é tecnologicamente mais avançada e acaba conquistando alguns corações que muitas vezes ajudam a dar corpo a essas soluções (acabam por ajudar os novos concorrentes a sair do MVP - Mínimo Produto Viável).
Concorrendo consigo mesmo
Sabe que essa variável é mais presente do que se imagina. O trabalho comercial em muitas empresas está longe do nível de excelência exigida. "Empresa de tecnologia é boa em tecnologia", ponto! Então isso parece duro demais? Mas é uma realidade. Se tivéssemos o mesmo cuidado nas vendas, como temos na execução dos serviços ou nos códigos que produzimos, todos estariam com números melhores nas vendas e por isso a maioria não está.
Então, vamos ter a correta visão de nossos concorrentes para estarmos devidamente preparados para enfrentá-los e vencê-los quando temos essa condição. Não tem nada pior do que perder uma conta que tem absoluta aderência ao nosso negócio, ou seja, deveria ter sido nossa.
Dezenas e centenas de concorrentes
Essa é a dura realidade de grande parte dos players atuais e isso exige de todos os provedores de solução um nível de excelência em vendas que a maioria ainda não está preparada, seja em vendas novas ou na sua base de clientes, tratam as vendas dando ênfase ao "como" e muito pouco ao "porquê" ou seja, ênfase na solução e não na demanda. Melhor é fazer com que o cliente compre a ideia e não tentar vendê-la.
Precisamos ter a correta noção do nível de competição que estamos enfrentando para nos prepararmos melhor ou não teremos o direito de reclamar dos baixos resultados, além disso, necessariamente teremos que fazer diferente. Fazer diferente? Será possível? Sim é possível, reflitam sobre isso e encarem a realidade de ter que enfrentar um dos mercados mais competitivos da atualidade: "o mercado de tecnologia da informação".